O que é o divertículo de Zenker?Trata-se de uma doença rara que afeta sobretudo pedras de idade avançada. Resulta de uma disfunção do esfíncter esofágico superior. A perda de coordenação entre o relaxamento da faringe e do músculo cricofaríngeo resulta num aumento de pressão que leva ao desenvolvimento de uma bolsa (divertículo) que se insinua para fora do esófago. Esta bolsa acumula alimentos, o doente sofre de regurgitação e incorre no risco de aspiração deste conteúdo e pneumonia. Com o passar do tempo aumenta também o risco de degenerescência maligna do divertículo.
Que impacto é que a técnica tem para os doentes? Os doentes sentem-se engasgados (disfagia) e podem ter tosse por aspiração de pequenas quantidades de líquido. Esta dificuldade na deglutição pode levar a um emagrecimento gradual e acentuado. Conforme exposto atrás, têm risco severo de pneumonia e de cancro.
Quantos casos já operou com esta técnica? Esta técnica é nova e a patologia é rara. Temos dois casos operados até agora por esta via. Esta técnica resulta de uma adaptação das abordagens transaxilares que usamos para tiroidectomia, campo em que temos bastante experiência.
E quem participou no vídeo e cirurgia (a sua equipa, de cirurgia geral? Quem são?)Temos uma equipa plenamente dedicada à cirurgia do pescoço com grande diferenciação em técnicas endoscópicas. Contamos hoje com mais de 120 casos de cirurgia endoscópica transaxilar para abordagem da tiroide e da paratiroide. Esta equipa conta comigo (que sou o cirurgião principal), com a Dra Susana Graça (especialista em cirurgia geral, altamente dedicada à patologia endócrina), com a Dra Ana Fonte Boa (anestesista com alta diferenciação em mini-invasão cardiovascular e de cirurgia endoscópica) e ainda com o Dr Luis Lencastre (cirurgião oncológico) e o Dr Hugo Louro (cirurgião geral).